A situação da saúde - Dia 21\01

"A intimidade da Igreja com Jesus é uma intimidade itinerante, e a comunhão 'reveste essencialmente a forma de comunhão missionária'. Fiel ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo. A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém." (LG 23)


                  Nessa quarta-feira aconteceu a santa missa na Matriz, e a comunidade celebrou o sétimo dia de falecimento do Sr. João Evangelista, o mesmo que eu celebrei as exéquias no Domingo. 
Me chamou a atenção a maneira do povo celebrar o sétimo dia, muitas pessoas amigas e familiares do senhor João vestia uma camisa feito especialmente para a ocasião, antes do término da celebração os familiares tem a palavra, isso já ocorreu em outros momentos também. Fica marcado a dor de todos familiares, e como comunidade reunida compartilha do sofrimento com os familiares, enquanto a mensagem era dirigida aos amigos, no meio de tantas lagrimas, fiquei imaginando que a comunidade sofre junto pois todos se colocam no lugar dos familiares, pois todos já sofrem também com essa situação.
 
              Fiquei refletindo nas questões emergenciais do município, e comecei a fazer uma seria de perguntas para mim mesmo. Será que se na cidade tivesse um hospital com condições de atendimento as emergências, com equipamentos e médicos especializados, isso não evitaria muitas mortes? É um absurdo vê  uma cidade com uma população de mais de 50.000 habitantes sem um hospital digno, e o pior, vê que a população não tem para onde recorrer, os pacientes tem que ser enviado para outras cidades, como Santarém, Manaus e Belém, sendo que para Santarém a estrada está em péssimas condições, onde falta pontes, o que obriga os carros a esperar balsas para transportar os mesmos, e com isso o melhor transporte são os barcos. Para Manaus a viagem é de um dia e uma noite de barco, e para Belém melhor nem falar. Em uma emergência fica quase impossível viagens como essa. É por situações como essa que leva a comunidade compartilhar tanto o sofrimento da dor do outro. É triste vê situações como essa, em pleno século XXI temos pessoas sem atendimento médico, isso porque é um direito de todos. Infelizmente escutei uma frase muito triste sobre isso. Que "no sudeste enfrentamos o problema das longas filas para o atendimento, enquanto isso, por aqui nem fila temos, pela ausência de atendimento". É inaceitável vê o quanto a saúde é abandonado pelo poder público, Mas aproveito para parabenizar a nossa Igreja, que ao vê a situação caótica da cidade, através do bispo diocesano arregaçou as mangas e com um trabalho sério esta batalhando  para que o povo tenha pelo menos um hospital digno de atendimento básico. 
              Foi através do Bispo local que a Santa Casa de Óbidos passou a ser administrada pela Associação Franciscana na Providencia de Deus, e essa prometeu colocar pelo menos as principais especialidades básicos, e a mesma vem realizada uma serie de medidas para o melhoramento do hospital, entre elas a ampliação com a construção de um novo prédio, onde serão construídos o centro cirúrgico, ala de internação, administração, ambulatório e outras coisa que o hospital está precisando.
                 A Associação Franciscana na Providencia de Deus também estará assumindo o hospital de Juruti,cidade essa que também pertence a Diocese de Óbidos, além disso, eles planejam adquirir um barco-hospital para atender comunidades ribeirinhas da região de Óbidos e Juruti. 




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