Primeiros Batizados - Dia 25\01

"Fiel ao dom do Senhor, sabe também «frutificar» (...) Cuida do trigo e não perde a paz por causa do joio. O semeador, quando vê surgir o joio no meio do trigo, não tem reações lastimosas ou alarmistas. Encontra o modo para fazer com que a Palavra se encarne numa situação concreta e dê frutos de vida nova, apesar de serem aparentemente imperfeitos ou defeituosos. O discípulo sabe oferecer a vida inteira e jogá-la até ao martírio como testemunho de Jesus Cristo." (LG 24)

  

          Domingo é o dia que o Senhor fez para cada um de nós, por isso devemos nele nos alegrarmos.
Neste dia do Senhor pela primeira vez celebrei na Matriz da Paróquia São Martinho de Lima, as 08h, na celebração dedicada as crianças. A participação foi razoável, e tinha muitas crianças.
Neste dia os coroinhas da matriz renovação seu compromisso diante da assembleia reunida, e também foram apresentados os novos coroinhas, os iniciantes, que estarão começando o processo.
A celebração foi animada, as pessoas ficaram atentas durante a reflexão, a maneira que as pessoas me olham me chama muito atenção, um olhar de desconfiança, mais também um olhar de expectativa, eles ficam atentos a tudo que se passa, a cada palavra que eu digo, a cada gesto que eu realizo.
No fim da celebração percebi que os coroinhas ficaram muito felizes, de fato renovaram seu compromisso, e após a celebração onde fiz o convite para novos coroinhas, uma criança com sua mãe procurou demostrando a vontade de servir o altar do Senhor. Neste domingo em que fomos convidados a lançar nossas redes fico feliz em vê crianças dando seu sim a Deus, aceitando o convite de Deus para servir a sua Igreja.
           Após essa celebração fui com o Padre José Mauricio e o Seminarista Douglas para a
comunidade do Curuçamba, dedicada a São Sebastião, hoje foi o fim das festividades do padroeiro.
Chegando na comunidade, fomos bem acolhidos, o local da celebração estava lotado, hoje participou também a comunidade Cristo é o Senhor, que levaram para lá um ônibus lotado de pessoas.
Nessa celebração realizei meus primeiros batizados, foram 3 crianças, uma menina, de uns 10 meses, e dois meninos, um devia ter uns 2 anos e o outro uns 5.
A simplicidade e humildade vem me chamando muito atenção, o local da celebração já é bem simples, um local aberto, sem paredes, apenas com telhas para proteger da chuva, o chão em terra, umas 30 cadeiras para as pessoas se sentarem. Muitos ficaram em pé, dos lados , a participação na celebração foi grande, o Pe José Mauricio em sua reflexão utilizou uma linguagem simples que vez o povo compreender bem a mensagem  do evangelho.
         
  Durante o rito do batismo todos estavam atentos, não tinha fotógrafos, nem um monte de pessoas em cima das crianças para fotografar, o que deixou a rito mais leve e participativo,  todos com muita alegria acolheram esses nossos irmãos que agora fazem parte de nossa  Igreja.
As músicas cantadas sempre tem as letras voltada para a luta do povo sofrido, que busca justiça, igualdade e fraternidade, o que é algo bem vivo nessa região. Eles cantam o que eles vivem, o que eles passam. Muitas vezes escutava essas músicas em minha região, no meu lugar e não conseguia compreender a fundo o sentido da mesma, agora, com apenas doze dias no Pará compreendo o motivo e sentido dessas letras, e pelo que percebo, esse povo continuará cantando essas músicas pedindo justiça e igualdade, peço a Deus que um dia ele ilumine os nossos governantes, ilumine as pessoas que vivem no conforto das grandes cidades a de fato perceber que em nosso país existe pessoas vivendo em condições de vida precária, sem rede de esgoto, sem água tratada, sem estradas, sem  médicos, e este povo grita por justiça, por igualdade, por fraternidade.
            E no meio desses gritos, muito me alegra que este povo mesmo nessas condições são felizes, são festeiros, acreditam que dias melhores virão. Após a celebração a festa continuou, todos se sentaram em mesas para o almoço, enquanto nos serviram o prato típico do Pará, arroz, macarrão, farinha e frango caipira, percebi muitos indo no ônibus buscar comida, o povo trouxe de casa a própria comida, então começou a partilha no clima alegre e descontraído, ao som de um bom forró todos alimentavam, já abençoados e protegidos por São Sebastião.  

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